Eduardo Campos

Nome Completo:   Eduardo Henrique Accioly Campos
Partido:   PP
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Biografia:  
Nascido na capital pernambucana, Eduardo Campos era filho do poeta e cronista Maximiano Accioly Campos (1941–1998) com a ex-deputada federal e ex-ministra do Tribunal de Contas da União Ana Lúcia Arraes de Alencar (1947). Era neto de Célia de Sousa Leão (1924-1961) e de Miguel Arraes de Alencar (1916–2005), ex-governador de Pernambuco, sendo considerado seu principal herdeiro político, além de sobrinho de Guel Arraes, cineasta e diretor da Rede Globo de Televisão.[4]
Eduardo Campos se formou em ciências econômicas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1986.[5]
No curso de Economia da UFPE foi colega de turma do então estudante piauiense Firmino Filho, que mais tarde se tornaria prefeito de Teresina.[6]
Casou-se com a também economista e auditora do Tribunal de Contas de Pernambuco Renata de Andrade Lima (n. 1967), com quem teve cinco filhos: Maria Eduarda (n. 1992), João Campos (n. 1993), Pedro Henrique (n. 1995), José Henrique (n. 2004) e Miguel (n. 2014).[7] Seu filho mais novo, nascido no dia 28 de janeiro de 2014, é pessoa com síndrome de Down.[8]
Em fevereiro de 2022, sua filha, Maria Eduarda, deu à luz ao primeiro neto de Eduardo Campos. O nome escolhido para a criança foi Eduardo Andrade Lima Campos Alencar. O menino também é neto, pelo lado paterno, do ex-deputado federal Tadeu Alencar.[9]
Vida política


Eduardo Campos começou na política ainda na universidade, quando foi eleito presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia. Em 1986, trocou a oportunidade de fazer um mestrado nos Estados Unidos pela participação na campanha que elegeu o avô Miguel Arraes como governador de Pernambuco.[10] Com a eleição de Arraes, em 1987, passou a atuar como chefe de gabinete do governador. Neste período, foi o responsável pela criação da primeira Secretaria de Ciência e Tecnologia do Nordeste e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE).[11]
Assembleia Legislativa
Campos filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) em 1990. No mesmo ano, foi eleito deputado estadual e conquistou o Prêmio Leão do Norte concedido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco aos parlamentares mais atuantes.
Congresso Nacional
Em 1992, Campos disputou sua primeira eleição majoritária, para Prefeitura do Recife, mas ficou em quinto lugar, atrás respectivamente de Jarbas Vasconcelos, Humberto Costa, André de Paula e Newton Carneiro.
Em 1994, foi eleito deputado federal pelo PSB com 133 mil votos. Porém, pediu licença do cargo para integrar o governo de Miguel Arraes como secretário de Governo e secretário da Fazenda, entre 1995 e 1998. Neste último ano voltou a disputar um novo mandato de Deputado Federal e atingiu o número recorde de 173 657 votos, a maior votação no estado.
Em 2002, pela terceira vez no Congresso Nacional, ganhou destaque e reconhecimento como articulador do governo Lula nas reformas da Previdência e Tributária. Por três anos consecutivos, esteve na lista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) entre os cem parlamentares mais influentes do Congresso.
No decorrer de sua vida pública no Congresso Nacional, Eduardo Campos participou de várias CPIs, como a de Roubo de Cargas e a do Futebol Brasileiro (Nike/CBF).[12] Nesta última, atuou como sub-relator, onde denunciou o tráfico de crianças brasileiras para o exterior, fato que teve ampla repercussão na imprensa nacional e internacional.
Como deputado federal, Eduardo foi ainda presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural Brasileiro, criada por sua iniciativa em 13 de junho de 2000. A Frente tem natureza suprapartidária e representa, em toda a história do Brasil, a primeira intervenção do Parlamento Nacional no setor.
Eduardo também foi autor de vários projetos de lei. Entre eles, o que prevê um diferencial no FPM para as cidades brasileiras que possuam acervo tombado pelo IPHAN; o do uso dos recursos do FGTS para pagamento de curso superior do trabalhador e seus dependentes; o que tipifica o sequestro-relâmpago como crime no código penal; e o da Responsabilidade Social, que exige do Governo a publicação do mapa de exclusão social, afirmando seu compromisso com os mais carentes.
Ministério da Ciência e Tecnologia

Em 2004, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Eduardo Campos assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), tornando-se o mais jovem dos ministros nomeados.[13] Em sua gestão, o MCT reelaborou o planejamento estratégico, revisou o programa espacial brasileiro e o programa nuclear, atualizando a atuação do órgão de modo a assegurar os interesses do país no contexto global. Em abril do mesmo ano, Eduardo Campos foi admitido por Lula à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1]
Como ministro, Eduardo Campos também tomou iniciativas que repercutiram internacionalmente, como a articulação e aprovação do programa de biossegurança, que permite a utilização de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa e de transgênicos.[14] Também conseguiu unanimidade no Congresso para aprovar a Lei de Inovação Tecnológica[15], resultando no marco regulatório entre empresas, universidades e instituições de pesquisa.[16] Outra ação importante à frente da pasta foi a criação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, considerada a maior olimpíada de matemática do mundo em número de participantes.